terça-feira, 9 de junho de 2009

Substantivo de cara nova

Quarta-feira (10), às 19hs, na Pizzaria Calígula (Largo da Rua Chile) apresentação e lançamento da nova programação visual e tecnológica do blog Substantivo Plural.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

C_mpl_te, uma análise in-c_mpl_ta!

Por: Alex Rodrigues Calango

A primeira vez que ouvi a salada sonora, ou a famosa "feijoada búlgara", do Móveis Coloniais de Acaju foi num programa da TV Câmara, inevitavelmente eu larguei o controle e desisti de zapear, acabava de encontrar o som que eu nunca procurei.

Fui logo atrás de conseguir o cd “IDEM”, sensacional, dançante, morgado, frustrante, alegre, eram todos os antônimos juntos, a frase que faz parte do coro da música, Seria o Rolex, reflete bem essa síntese de antônimos “(...)Sou apenas mais um alegre deprê(...)”.

Atualmente recebi um bombardeio, que veio de diversas direções (jornais, internet, amigos, namorado da minha mãe...), que me diziam do cd novo do MCA, lançado de graça, (isso mesmo, free, 0800, 9090...) pelo selo Trama, que já lançou álbuns virtuais do Ed Mota, Macaco Bong e Tom Zé, entre outros, e todos seguindo mesma proposta , “de graça pra você, remunerado pra o artista”. O cd, chamado de C_mpl_te, pode ser baixado de graça e COMPLETO, com capa, encarte com letras e até a frente do cd - pra você imprimir e colar naquele cd virgem que você comprou na promoção por R$0,69.

Depois de muita dificuldade – sem internet, pc do estágio bloqueado pra fazer downloads, sem grana pra ir na lan house - consegui baixar o cd. Ainda não ouvi tanto, mas o pouco que ouvi, já me agradou muito. Na verdade a “feijoada búlgara” do primeiro cd deu espaço a uma “comidinha” mais light, não quero dizer com isso que a qualidade diminuiu ficou ruim ou qualquer coisa do tipo, afinal, o nível continua o mesmo, as letras também, somente a musicalidade ficou um pouco menos calórica.

Destaque para as músicas Adeus, Cão Guia, Cheia de Manha e a divertida Lista de Casamento.



Link pra download do cd: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/flash_download.jsp?id=1128131101

domingo, 17 de maio de 2009

Ponto de vista de uma mesa de bar (ou A noite acabou em pastel de soja)

Bem, não por mais devo ser sincero, não era bem um bar. Aquele projeto de mesa com assentos improvisados - entre cadeiras velhas, um banquinho e a mureta de pedra da árvore mais próxima - foi mais do que a salvação da noite. O acolhedor carrinho de cachorro quente e sua simpaticíssima dona (Chiquinha, ou era Lariquinha, ou Joaninha, ou algo assim) que a cada instante vinha nos oferecer um espetinho (miau) e uma bela cerveja (Nova Schin, R$ 3, semi-gelada) foi o meu lugar de repouso nessa noite.

A noite em si, a 4ª edição do MPBeco - também conhecida como MPBeco 2009 – foi deveras produtiva (aprendi até uma gíria musical nova: Tupa-Tupa). Com um público relativamente grande que preenchia o largo e arredores da Praça Vermelha, o MPBeco veio com uma estrutura muito bem elaborada e no entando com uma programação um tanto quanto duvidosa.

Abrindo a noite tinhamos o pernambucano Silvério Pessoa que trouxe consigo um público mais sério e maduro além de um repertório clássico que, prometo eu, um dia chegarei a conhecer. Em seguida – após um relativo intervalo para a manutenção do belíssimo palco – as atrações principais (sic) da noite: os tão aclamados concorrentes!

Disputando muitos mil reais de prêmios (dentre os quais R$ 3.200,00 para o primeiro colocado e R$ 2.600,00 para o segundo) entre si, os concorrentes rechearam a noite com todo tipo de música, desde funk ao manguebeat. Essa variação sonora me leva ainda a pensar sobre qual o real objetivo do MPBeco, afinal, destrinchando o próprio nome do concurso teríamos: Música Popular do Beco. Ainda não consigo acreditar que andam tocando funk no Beco da Lama.

A primeira e tão aclamada atração, o Emblemas Funk Band (que me pareceu ser o sucesso da noite) arrastou um público já familiarizado e cativou boa parte do restante. Com uma apresentação bem perfomática e uma letra que descia o cacete numa das tribos mais emblemáticas (rah rah! sacou o trocadilho?!) de Natal, o EFB na minha opinião já levou os R$ 2.200,00 do prêmio voto popular.

Sobe também ao palco Júlio Lima (que nesse ponto da noite e no meio de entretidas conversas já não posso afirmar se foi o segundo ou terceiro a se apresentar) já conhecido por essas bandas como baixista do Alcatéia Maldita e posteriormente assumindo carreira solo no final de 2008. Interpretando “Há Sempre Música”, com um começo revelando fracos vocais que no entanto evoluem no decorrer da música junto com uma deliciosa linha de baixo, lembrando algo do manguebeat e música pernambucana. Da minha cadeira ainda tentei arriscar uma espécie de dancinha balançando o braço no ar algumas boas duas vezes mas logo me arrependi, afinal, o calor tava insuportável.

Outra atração que me chamou atenção foi o MC Priguissa interpretando a música também de sua autoria “Essa Boe”. A música era algo como um rap com uma batida de xote. Pela letra da música levei a crer que aquilo era um tal de raggamuffin, enfim.

A última música que realmente prestei atenção foi (espero que eu não esteja enganado) “Tem a Ver”, de autoria de Paulo Ricardo e interpretado por Maguinho DaSilva. Não quero ser cruel.. mas que música chata. Me lembrou na hora um homem de terno, sentado sozinho num bar de hotel, com um uisque na mão e ouvindo o músico que toca, inabalável, para sua audiência de um homem só.

Escutei ainda o locutor anunciar “Vem No Bem Bolado” (bem sugestivo) pouco antes de fechar a conta e dar um mais do que feliz adeus pra senhora do carrinho (Mariquinha, espero nunca mais vê-la). Os planos agora eram outros e já tinhamos um lugar para ir. Me despedi inconformado da Praça Vermelha, gostaria de ter prestado mais atenção as apresentações. Mas no geral eu gostei, a noite acabou em pastel de soja.